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E-book kindle
Sinopse (Amazon.com.br):
Publicado em 1949, O aleph é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da ficção de Borges.
Em sua maioria, "as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico", esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a "realidade": as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo em que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino.
O livro se abre com "O imortal", onde temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com "O aleph", para o qual Borges deu a seguinte "explicação" em 1970: "O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço". Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa ide ia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.
Uma Avaliação Positiva na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐⭐ opinião de Pedro):
Primoroso
Sou suspeito para falar de Borges: é meu autor favorito de ficção. Acho que isso tem até mais peso porque, em geral, não gosto de ler livros de ficção: tenho dificuldade de ficar entretido pelas narrativas fantasiosas, descrições excessivamente detalhadas e analogias muito contaminadas pela visão do autor.
É interessante pensar que, apesar das minhas reservas com o gênero, essas coisas sobram no trabalho de Borges: suas narrativas são complexas, abundam em referências culturais e paralelos onde, com sorte, se é capaz de entender metade das mensagens que ele quer transmitir. O livro, que se trata de uma coletânea de contos, aborda temas recorrentes na obra de Borges: o acaso; a percepção do tempo, que se dilata e expande; o que difere personagens tão parecidas; o narrador nem sempre confiável... Alguns contos são magníficos do início ao fim, outros um tanto confusos e convolutos. Todos, no entanto, prendem a atenção de forma única e contêm pequenas frases, quase aforismos, de como entender as coisas de uma nova perspectiva.
Uma Avaliação Crítica na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐✰ opinião de Luiz Gustavo):
Livro pequeno, leitura densa
Apesar de ser um livro de contos e ter relativamente poucas páginas, não se trata de uma leitura fácil; ao menos se quiser aproveitar a leitura ao máximo. O livro atesta todo o conhecimento de história e literatura do autor. São referências aos clássicos, sendo constantemente necessária a pesquisa de suas referências, de forma que a leitura por intermédio do Kindle facilitou bastante.
Os contos lembram por vezes outros escritores sul-americanos, mas também notei pitadas de H.P Lovecraft - principalmente no conto que dá nome ao livro -, já que os contos giram através de temas como a morte, a vida e o infinito.
Certamente é o tipo de leitura que deve ser refeita anos depois, com mais bagagem, para se apreciar melhor as referências.
Publicado em 1949, O aleph é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da ficção de Borges.
Em sua maioria, "as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico", esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a "realidade": as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo em que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino.
O livro se abre com "O imortal", onde temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com "O aleph", para o qual Borges deu a seguinte "explicação" em 1970: "O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço". Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa ide ia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.
Primoroso
Sou suspeito para falar de Borges: é meu autor favorito de ficção. Acho que isso tem até mais peso porque, em geral, não gosto de ler livros de ficção: tenho dificuldade de ficar entretido pelas narrativas fantasiosas, descrições excessivamente detalhadas e analogias muito contaminadas pela visão do autor.
É interessante pensar que, apesar das minhas reservas com o gênero, essas coisas sobram no trabalho de Borges: suas narrativas são complexas, abundam em referências culturais e paralelos onde, com sorte, se é capaz de entender metade das mensagens que ele quer transmitir. O livro, que se trata de uma coletânea de contos, aborda temas recorrentes na obra de Borges: o acaso; a percepção do tempo, que se dilata e expande; o que difere personagens tão parecidas; o narrador nem sempre confiável... Alguns contos são magníficos do início ao fim, outros um tanto confusos e convolutos. Todos, no entanto, prendem a atenção de forma única e contêm pequenas frases, quase aforismos, de como entender as coisas de uma nova perspectiva.
Livro pequeno, leitura densa
Apesar de ser um livro de contos e ter relativamente poucas páginas, não se trata de uma leitura fácil; ao menos se quiser aproveitar a leitura ao máximo. O livro atesta todo o conhecimento de história e literatura do autor. São referências aos clássicos, sendo constantemente necessária a pesquisa de suas referências, de forma que a leitura por intermédio do Kindle facilitou bastante.
Os contos lembram por vezes outros escritores sul-americanos, mas também notei pitadas de H.P Lovecraft - principalmente no conto que dá nome ao livro -, já que os contos giram através de temas como a morte, a vida e o infinito.
Certamente é o tipo de leitura que deve ser refeita anos depois, com mais bagagem, para se apreciar melhor as referências.