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Como o integralismo, maior movimento de extrema-direita da história do país, se formou e o que ele ilumina sobre o bolsonarismo
E-book Kindle
Sinopse:
O passado explica o presente
Se é inegável que entende melhor o presente quem conhece o passado, é fundamental conhecer o integralismo para compreender a essência do bolsonarismo. Sim, o Brasil teve um movimento fascista e anticomunista na sua história na mesma época de Mussolini e Hitler. Fundado pelo deputado e jornalista Plínio Salgado, a Ação Integralista Brasileira foi o maior movimento fascista fora da Europa entre os anos 1920 e 1940 – e também o maior movimento de extrema-direita no país até o surgimento de Jair Bolsonaro. Era uma organização nacionalista, autoritária e tradicionalista. Chegou a ter um milhão de adeptos que eram conhecidos como os "encamisados" ou "camisas- verdes" por se vestirem de verde – como se vestiam de preto os discípulos de il duce na Itália e de cáqui a legião de seguidores do führer na Alemanha.
Inspirado pelos líderes europeus, Plínio era anticomunista e defendia as ideias do fascismo, entre elas a defesa de uma identidade nacional e a crença de que a salvação da pátria exigia tanto a obediência a um "salvador da pátria" como a destruição dos inimigos internos. Como instrumentos, pregava a violência e o militarismo ao mesmo tempo em que tinha como valores fundamentais a família e a religião.
Apesar de ter durado poucos anos, a Ação Integralista Brasileira contou com expoentes como o jurista Miguel Reale, o antropólogo Câmara Cascudo, o arcebispo Dom Hélder Câmara, o escritor José Lins do Rego e, testemunhas dizem, até o músico e poeta Vinícius de Moraes. Em Fascismo à brasileira, Pedro Doria conta esse momento pouco estudado da história brasileira com uma riqueza de detalhes que permitirá ao leitor não só conhecer o integralismo como fazer, ele próprio, as conexões entre passado e presente.
Melhor review na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐⭐opinião de
Ravi Peixoto):
Resgate da história do fascismo brasileiro
O livro de Pedro Doria sobre o fascismo à brasileira é um excelente resgate da história do fascismo no Brasil, que, confesso, não conhecia bem para além do apelido das "galinhas verdes". Mais uma vez tendemos a tentar esconder/ignorar os momentos menos favoráveis da nossa história.
Como a história tem uma tendência de se repetir, é bom conhecer as origens do movimento fascista tanto na Europa, com Mussolini, quanto no Brasil, com o movimento integralista e a sua integração com o Estado e ainda os motivos da sua derrocada.
É boa ainda a comparação com o fascismo integralista com o bolsonarismo, que tem muitas aproximações e algumas diferenças, a exemplo da relação entre o movimento tenentista e a turma da lava-jato, em que ambos foram parcialmente capturados. Confesso que senti falta de uma análise mais detida do bolsonarismo, a exemplo das suas raízes conservadoras do Olavo de Carvalho, mas também é preciso admitir que esse novo movimento é consideravelmente caótico para identificar quais as suas bases teóricas.
Pior review na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐✰opinião de
Camilla) :
AIB e ascensão da extrema-direita
“Facismo à Brasileira”, de Pedro Doria, tem como proposta analisar a história da Ação Integralista Brasileira (AIB), em um formato semelhante a uma narrativa.
A AIB, como conta o autor, foi um movimento inspirado no facismo italiano, protagonizado pelo Plínio Salgado, e englobava tanto o caráter reacionário quanto revolucionário.
As principais características da ideologia da AIB foram: antidemocracia, nacionalismo, antifederalismo, anticomunismo, antiliberalismo, xenofobia, corporativismo, militarização, apoio miliciano, doutrinação na educação, valorização da unidade e extrema fidelidade dos seguidores.
No final do livro, Pedro transcorre sobre algumas semelhanças e diferenças com o governo Bolsonaro e ascensão da extrema-direita no Brasil. Aponta como principais divergências o liberalismo econômico e exclusividade do caráter reacionário de Bolsonaro. A partir daí, o autor incita a pergunta: Bolsonaro então deve ser chamado de facista?
Para tal, Pedro discute o conceito de “facismo", destacando duas principais vertentes, uma histórica, defendida pelo historiador Fernando Rosas, outra baseada em paixões norteadoras, pelo cientista político Robert Paxton. No conceito de Rosas, o facismo foi um marco histórico com características próprias. No conceito de Paxton, o Facismo se trata de um movimento político que propaga o nacionalismo, a crença que a sociedade está em declínio e que se percebe como vítima do sistema, o armamento de seus militantes, o culto à unidade, a fidelidade de seus seguidores, a violência e a relação com as elites tradicionais, mas com certo desconforto- o que se encaixa perfeitamente no governo Bolsonaro.
Gostei bastante do livro!
Por que não dei 5⭐? Alguns momentos históricos, na minha opinião, tiveram excesso de detalhes de caráter narrativo, enquanto a análise sobre a atualidade ficou curta, concentrada apenas no último capítulo, e esperava que se prolongasse muito mais.
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O passado explica o presente
Se é inegável que entende melhor o presente quem conhece o passado, é fundamental conhecer o integralismo para compreender a essência do bolsonarismo. Sim, o Brasil teve um movimento fascista e anticomunista na sua história na mesma época de Mussolini e Hitler. Fundado pelo deputado e jornalista Plínio Salgado, a Ação Integralista Brasileira foi o maior movimento fascista fora da Europa entre os anos 1920 e 1940 – e também o maior movimento de extrema-direita no país até o surgimento de Jair Bolsonaro. Era uma organização nacionalista, autoritária e tradicionalista. Chegou a ter um milhão de adeptos que eram conhecidos como os "encamisados" ou "camisas- verdes" por se vestirem de verde – como se vestiam de preto os discípulos de il duce na Itália e de cáqui a legião de seguidores do führer na Alemanha.
Inspirado pelos líderes europeus, Plínio era anticomunista e defendia as ideias do fascismo, entre elas a defesa de uma identidade nacional e a crença de que a salvação da pátria exigia tanto a obediência a um "salvador da pátria" como a destruição dos inimigos internos. Como instrumentos, pregava a violência e o militarismo ao mesmo tempo em que tinha como valores fundamentais a família e a religião.
Apesar de ter durado poucos anos, a Ação Integralista Brasileira contou com expoentes como o jurista Miguel Reale, o antropólogo Câmara Cascudo, o arcebispo Dom Hélder Câmara, o escritor José Lins do Rego e, testemunhas dizem, até o músico e poeta Vinícius de Moraes. Em Fascismo à brasileira, Pedro Doria conta esse momento pouco estudado da história brasileira com uma riqueza de detalhes que permitirá ao leitor não só conhecer o integralismo como fazer, ele próprio, as conexões entre passado e presente.
Resgate da história do fascismo brasileiro
O livro de Pedro Doria sobre o fascismo à brasileira é um excelente resgate da história do fascismo no Brasil, que, confesso, não conhecia bem para além do apelido das "galinhas verdes". Mais uma vez tendemos a tentar esconder/ignorar os momentos menos favoráveis da nossa história. Como a história tem uma tendência de se repetir, é bom conhecer as origens do movimento fascista tanto na Europa, com Mussolini, quanto no Brasil, com o movimento integralista e a sua integração com o Estado e ainda os motivos da sua derrocada. É boa ainda a comparação com o fascismo integralista com o bolsonarismo, que tem muitas aproximações e algumas diferenças, a exemplo da relação entre o movimento tenentista e a turma da lava-jato, em que ambos foram parcialmente capturados. Confesso que senti falta de uma análise mais detida do bolsonarismo, a exemplo das suas raízes conservadoras do Olavo de Carvalho, mas também é preciso admitir que esse novo movimento é consideravelmente caótico para identificar quais as suas bases teóricas.
Pior review na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐✰opinião de Camilla) :
AIB e ascensão da extrema-direita
“Facismo à Brasileira”, de Pedro Doria, tem como proposta analisar a história da Ação Integralista Brasileira (AIB), em um formato semelhante a uma narrativa.
A AIB, como conta o autor, foi um movimento inspirado no facismo italiano, protagonizado pelo Plínio Salgado, e englobava tanto o caráter reacionário quanto revolucionário.
As principais características da ideologia da AIB foram: antidemocracia, nacionalismo, antifederalismo, anticomunismo, antiliberalismo, xenofobia, corporativismo, militarização, apoio miliciano, doutrinação na educação, valorização da unidade e extrema fidelidade dos seguidores.
No final do livro, Pedro transcorre sobre algumas semelhanças e diferenças com o governo Bolsonaro e ascensão da extrema-direita no Brasil. Aponta como principais divergências o liberalismo econômico e exclusividade do caráter reacionário de Bolsonaro. A partir daí, o autor incita a pergunta: Bolsonaro então deve ser chamado de facista?
Para tal, Pedro discute o conceito de “facismo", destacando duas principais vertentes, uma histórica, defendida pelo historiador Fernando Rosas, outra baseada em paixões norteadoras, pelo cientista político Robert Paxton. No conceito de Rosas, o facismo foi um marco histórico com características próprias. No conceito de Paxton, o Facismo se trata de um movimento político que propaga o nacionalismo, a crença que a sociedade está em declínio e que se percebe como vítima do sistema, o armamento de seus militantes, o culto à unidade, a fidelidade de seus seguidores, a violência e a relação com as elites tradicionais, mas com certo desconforto- o que se encaixa perfeitamente no governo Bolsonaro.
Gostei bastante do livro! Por que não dei 5⭐? Alguns momentos históricos, na minha opinião, tiveram excesso de detalhes de caráter narrativo, enquanto a análise sobre a atualidade ficou curta, concentrada apenas no último capítulo, e esperava que se prolongasse muito mais.
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