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📣Mataram Marielle: Como o Assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes Escancarou o Submundo do Crime Carioca (Chico Otavio e Vera Araújo)
Sinopse:
Em reportagem de tirar o fôlego, autores revelam os bastidores das investigações do caso que ainda assombra o Brasil
Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no Estácio, zona central da cidade do Rio de Janeiro. Liderança nascida e criada na favela, a quinta vereadora com mais votos no pleito em que foi eleita, Marielle era ao mesmo tempo assertiva e carismática em seus posicionamentos, fosse na defesa de moradores de áreas dominadas por milícias, fosse nas reivindicações ligadas às comunidades LGBTQIA+. Seu assassinato se tornou emblemático não somente por ser um claro ataque à democracia e às bandeiras defendidas pela parlamentar, mas também por ter marcado um novo patamar de atuação da criminalidade na cidade.
Mesmo sem dar uma resposta definitiva ao caso, as diversas linhas de investigação tomaram as manchetes dos jornais, foram amplamente discutidas nas redes sociais e colocaram holofotes sobre a estrutura do crime organizado carioca, suas áreas de atuação e práticas. Em meio aos debates sobre a federalização das investigações, o legado político de Marielle e a pressão da opinião pública por respostas, tornou-se cada vez mais clara a onipresença das organizações criminosas na cidade, suas redes internas e elos externos.
Jornalistas investigativos dedicados ao caso Marielle e Anderson desde o início, Chico Otavio e Vera Araújo mostram como o caso foi determinante para escancarar a atuação do crime na capital fluminense. Repórteres experientes e testemunhas de longa data de várias investigações policiais na capital, Chico e Vera esmiuçaram a rede que movimenta o submundo carioca e seus múltiplos agentes. Traficantes, milicianos, torturadores egressos dos porões da ditadura, ex-policiais altamente treinados assumindo o papel de assassinos de aluguel, bicheiros e as disputas travadas entre eles estão por toda parte e povoam as páginas de Mataram Marielle.
Melhor review na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐⭐ opinião de
Luiz Eduardo Moshe):
Espetacular livro-reportagem sobre a corrupção fluminense!
Começa com uma pequena, porém rica e elucidativa, biografia de Marielle; fala sobre o CEASM (Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré) e sobre o cursinho que a ajudou a entrar na universidade PUC com bolsa integral. Voltaria a trabalhar por lá, para ajudar outros jovens da comunidade. Depois, encontraria Freixo (também há uma boa biografia dele, com sua magnânima atuação nas CPIs das Milícias e das Armas etc) e seria sua assessora e coordenadora de campanha, antes de se eleger vereadora. As balas que assassinaram Marielle e Anderson são frutos de um desvio de munições da PF que foram usados em vários assassinatos e chacinas desde 2014 em Rio e SP.
Depois, o foco vai para Freixo e sua famosa CPI das Milícias, em 2008; e a das armas, em 2011 (sendo que o único voto contra foi o de Flávio bolsonaro). Sua atuação na operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato que levou à prisão de três deputados e se tornaria uma linha de investigação da morte, já que significou um breque nos escusos negócios entre a assembleia e empresas de transporte público, foi um grande movimento republicano, que colocou uns tantos na cadeia! O meu agradecimento ao desembargador Cherubin Schwartz, que concedeu liminar a Freixo e barrou a ida de albertassi (que já está no semiaberto!) ao TCE. Os autores também versam sobre os meandros e mecanismos da política fluminense, acordos internos e pactos de não-agressão para poderem legislar. Ps: Não sabia que Marielle era fã da exímia escritora Conceição Evaristo, que conheci ao ter um conto narrado no YouTube do filósofo Paulo Ghiraldelli. Leiam Olhos D'Água: maravilhoso!
Há relatos sobre dinâmicas de disputas internas do partido, inclusive ao senado, de Marielle vs Chico Alencar; quadros do PSOL, as incertezas e anseios de Marielle etc. Nunca tinha lido que Marielle baixara um App para gravar conversas no celular. Material que a polícia se debruçou durante um ano após o seu assassinato. É dito, no livro, que ela nunca recebeu ameaças diretas. Depois, passearemos pela Lava Jato, prisão de Sérgio Cabral.
Os delegados são ouvidos. Existiram alguns desmandos da primeira turma que começou investigando o caso: guardar todas as balas num único saco plástico, o que dificulta a identificação por digital, por exemplo. Há uma troca de cadeiras no comando da polícia, devido à intervenção do exército no Rio, à época.
Muito interessante o trabalho da repórter de conversar com as vítimas e de como a polícia se utilizou da imprensa para trabalhar melhor no caso. Outra trivia: o clonador do carro utilizado no atentado foi assassinado numa emboscada 20 dias depois. Algumas testemunhas do atentado tiveram até que se mudar.
Houve briga com as Big techs (Google) na justiça para liberarem os dados de quem passou por tal trecho, a tal hora na estrada (sigilo telefônico + telemático). Levanta-se a questão de bem maior vs privacidade.
Noutros capítulos são traçados os perfis de milicianos e matadores. A parte que relata o uso pela polícia civil de PMs 'emprestados' como X9s, é hilária; gente expulsa da corporação, andando de viatura e fuzil, pegando pilhagem de traficante. Houve, inclusive, uma denúncia falsa de um ex-PM, contra um vereador e um miliciano, a fim de ocupar suas áreas de atuação. As disputas internas entre as instituições e órgãos governamentais também é bem explicada. As duas promotoras mandaram muito bem em seus trabalhos.
O escritório do crime, mundo de bicheiros e sicários, ascenção e queda de adriano do bope (que sequestrava morador de favela e os matava), grilagem de terra e especulação imobiliária na zona oeste e baixada: são muitos, os temas!
A guerra familiar sangrenta pelo espólio de castor de andrade (explosão e morte no carro de seu sobrinho rogério, assassinato em 2020 de seu genro fernando ignacio) é um capítulo bem interessante para quem quer estudar mais sobre o Rio dos últimos 40 anos.
Esse Rio de Janeiro é um desmando: ronnie lessa foi vitimado num atentado à bomba (perdeu a perna) dentro de seu carro, pois estava crescendo na organização de rogério de andrade (sobrinho de castor, suposto mandante em 2020 da morte de fernando ignácio e atualmente foragido) e seu chefe de segurança (um bombeiro) ficou com inveja. Após tirá-lo momentaneamente de circulação, o bombeiro macedo fez um atentado contra o próprio rogério: pelo celular, detonaram uma bomba também no carro dele, naquele famoso atentado na Barra que acabou matando o filho de 17 anos do bicheiro, que havia trocado de lugar com o pai e assumido a direção no último momento. Posteriormente, tanto macedo (morto fuzilado na barra enquanto andava de Harley), quanto o militar que forneceu e preparou os explosivos, foram mortos - este, num motel. Ele ficou 7 anos (!!) emprestado pela PM como adido na Civil, negócio bizarro. Beltrame proibiu, tal qual no fim da ditadura, esta prática de intercâmbio entre as polícias. Mas o cara, seivado no achaque e na pilhagem de traficante, vai querer voltar ao patrulhamento comum e à vida aquartelada, sim.. essa turma foi trabalhar, novamente, para a 'contravenção'.
Raquel Dodge, e seus pedidos de federalização, também recebem atenção neste livro. Enfim, um rico panorama sobre corrupção e assainato no Rio de Janeiro; Tropa de Elite é café pequeno!
Pior review na Amazon Brasil (⭐⭐⭐⭐✰ opinião de
nazare azevedo) :
mataram marielle
Excelente livro que denuncia a realidade deste país
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Em reportagem de tirar o fôlego, autores revelam os bastidores das investigações do caso que ainda assombra o Brasil
Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no Estácio, zona central da cidade do Rio de Janeiro. Liderança nascida e criada na favela, a quinta vereadora com mais votos no pleito em que foi eleita, Marielle era ao mesmo tempo assertiva e carismática em seus posicionamentos, fosse na defesa de moradores de áreas dominadas por milícias, fosse nas reivindicações ligadas às comunidades LGBTQIA+. Seu assassinato se tornou emblemático não somente por ser um claro ataque à democracia e às bandeiras defendidas pela parlamentar, mas também por ter marcado um novo patamar de atuação da criminalidade na cidade.
Mesmo sem dar uma resposta definitiva ao caso, as diversas linhas de investigação tomaram as manchetes dos jornais, foram amplamente discutidas nas redes sociais e colocaram holofotes sobre a estrutura do crime organizado carioca, suas áreas de atuação e práticas. Em meio aos debates sobre a federalização das investigações, o legado político de Marielle e a pressão da opinião pública por respostas, tornou-se cada vez mais clara a onipresença das organizações criminosas na cidade, suas redes internas e elos externos.
Jornalistas investigativos dedicados ao caso Marielle e Anderson desde o início, Chico Otavio e Vera Araújo mostram como o caso foi determinante para escancarar a atuação do crime na capital fluminense. Repórteres experientes e testemunhas de longa data de várias investigações policiais na capital, Chico e Vera esmiuçaram a rede que movimenta o submundo carioca e seus múltiplos agentes. Traficantes, milicianos, torturadores egressos dos porões da ditadura, ex-policiais altamente treinados assumindo o papel de assassinos de aluguel, bicheiros e as disputas travadas entre eles estão por toda parte e povoam as páginas de Mataram Marielle.
Espetacular livro-reportagem sobre a corrupção fluminense!
Começa com uma pequena, porém rica e elucidativa, biografia de Marielle; fala sobre o CEASM (Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré) e sobre o cursinho que a ajudou a entrar na universidade PUC com bolsa integral. Voltaria a trabalhar por lá, para ajudar outros jovens da comunidade. Depois, encontraria Freixo (também há uma boa biografia dele, com sua magnânima atuação nas CPIs das Milícias e das Armas etc) e seria sua assessora e coordenadora de campanha, antes de se eleger vereadora. As balas que assassinaram Marielle e Anderson são frutos de um desvio de munições da PF que foram usados em vários assassinatos e chacinas desde 2014 em Rio e SP.Depois, o foco vai para Freixo e sua famosa CPI das Milícias, em 2008; e a das armas, em 2011 (sendo que o único voto contra foi o de Flávio bolsonaro). Sua atuação na operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato que levou à prisão de três deputados e se tornaria uma linha de investigação da morte, já que significou um breque nos escusos negócios entre a assembleia e empresas de transporte público, foi um grande movimento republicano, que colocou uns tantos na cadeia! O meu agradecimento ao desembargador Cherubin Schwartz, que concedeu liminar a Freixo e barrou a ida de albertassi (que já está no semiaberto!) ao TCE. Os autores também versam sobre os meandros e mecanismos da política fluminense, acordos internos e pactos de não-agressão para poderem legislar. Ps: Não sabia que Marielle era fã da exímia escritora Conceição Evaristo, que conheci ao ter um conto narrado no YouTube do filósofo Paulo Ghiraldelli. Leiam Olhos D'Água: maravilhoso!Há relatos sobre dinâmicas de disputas internas do partido, inclusive ao senado, de Marielle vs Chico Alencar; quadros do PSOL, as incertezas e anseios de Marielle etc. Nunca tinha lido que Marielle baixara um App para gravar conversas no celular. Material que a polícia se debruçou durante um ano após o seu assassinato. É dito, no livro, que ela nunca recebeu ameaças diretas. Depois, passearemos pela Lava Jato, prisão de Sérgio Cabral.Os delegados são ouvidos. Existiram alguns desmandos da primeira turma que começou investigando o caso: guardar todas as balas num único saco plástico, o que dificulta a identificação por digital, por exemplo. Há uma troca de cadeiras no comando da polícia, devido à intervenção do exército no Rio, à época.Muito interessante o trabalho da repórter de conversar com as vítimas e de como a polícia se utilizou da imprensa para trabalhar melhor no caso. Outra trivia: o clonador do carro utilizado no atentado foi assassinado numa emboscada 20 dias depois. Algumas testemunhas do atentado tiveram até que se mudar.Houve briga com as Big techs (Google) na justiça para liberarem os dados de quem passou por tal trecho, a tal hora na estrada (sigilo telefônico + telemático). Levanta-se a questão de bem maior vs privacidade.Noutros capítulos são traçados os perfis de milicianos e matadores. A parte que relata o uso pela polícia civil de PMs 'emprestados' como X9s, é hilária; gente expulsa da corporação, andando de viatura e fuzil, pegando pilhagem de traficante. Houve, inclusive, uma denúncia falsa de um ex-PM, contra um vereador e um miliciano, a fim de ocupar suas áreas de atuação. As disputas internas entre as instituições e órgãos governamentais também é bem explicada. As duas promotoras mandaram muito bem em seus trabalhos.O escritório do crime, mundo de bicheiros e sicários, ascenção e queda de adriano do bope (que sequestrava morador de favela e os matava), grilagem de terra e especulação imobiliária na zona oeste e baixada: são muitos, os temas!A guerra familiar sangrenta pelo espólio de castor de andrade (explosão e morte no carro de seu sobrinho rogério, assassinato em 2020 de seu genro fernando ignacio) é um capítulo bem interessante para quem quer estudar mais sobre o Rio dos últimos 40 anos.Esse Rio de Janeiro é um desmando: ronnie lessa foi vitimado num atentado à bomba (perdeu a perna) dentro de seu carro, pois estava crescendo na organização de rogério de andrade (sobrinho de castor, suposto mandante em 2020 da morte de fernando ignácio e atualmente foragido) e seu chefe de segurança (um bombeiro) ficou com inveja. Após tirá-lo momentaneamente de circulação, o bombeiro macedo fez um atentado contra o próprio rogério: pelo celular, detonaram uma bomba também no carro dele, naquele famoso atentado na Barra que acabou matando o filho de 17 anos do bicheiro, que havia trocado de lugar com o pai e assumido a direção no último momento. Posteriormente, tanto macedo (morto fuzilado na barra enquanto andava de Harley), quanto o militar que forneceu e preparou os explosivos, foram mortos - este, num motel. Ele ficou 7 anos (!!) emprestado pela PM como adido na Civil, negócio bizarro. Beltrame proibiu, tal qual no fim da ditadura, esta prática de intercâmbio entre as polícias. Mas o cara, seivado no achaque e na pilhagem de traficante, vai querer voltar ao patrulhamento comum e à vida aquartelada, sim.. essa turma foi trabalhar, novamente, para a 'contravenção'.Raquel Dodge, e seus pedidos de federalização, também recebem atenção neste livro. Enfim, um rico panorama sobre corrupção e assainato no Rio de Janeiro; Tropa de Elite é café pequeno!
mataram marielle
Excelente livro que denuncia a realidade deste país
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